Já lá vão mais de 100 postagens...

Neste inicio de ano já passei mais de 100 postagens, o blog teve mais de 7000 visitantes. Motivos para celebrar!

sábado, 24 de janeiro de 2015

Apenas nós




Chove torrencialmente
Não temo, amo-te totalmente
A trovoada cai la fora
Tu sabes quem te adora...
A tempestade cai intensamente
Mas estou aqui atentamente

As ruas estão inundadas
As nossas almas entrelaçadas
O inverno no seu esplendor
E nos longe de qualquer dor...

La fora é tempestade
Aqui és a minha beldade
O céu está cinzento
Nos estamos no barlavento
Aqui só há amor
Não há frio só calor

Quando estamos juntos
Só vemos os nossos assuntos
Apenas o nosso mundo existe
Isto foi aquilo que construíste




No porto covo




Suavemente com calma
Deixa tocar na tua alma
Achar aquela sensação
Na palma da minha mão

Deixa achar o teu coração
Sentir a tua paixão
Olhar para o teu rosto
Amar-te com tanto gosto

Senta-te e relaxa
Este homem que te acha
Apenas te quer dar
Apenas te quer amar

Deixa viver o amor
Esquece toda a dor
Sente esta paixão
Ouve o teu coração

Apenas reinicia de novo
Neste lugar em porto covo
Neste nosso porto de abrigo
Longe de todo o perigo
Sem nenhum tremor
Apenas viver o amor

Pedro Gomes



sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Aquela...



Tu és a única que me faz viver
És aquela que faz acordar
Dás aquela alegria ao meu ser
O meu amor é teu
O teu amor é meu

És o calor que me aquece
És o amor que não se esquece
Tu és tudo para mim
Apenas por seres assim
Porque tu és aquela
Porque és a minha Cinderela

És um sonho perfeito
um romance jamais desfeito
Porque tu és o meu mundo
Foste tu que tiraste-me do fundo

Tanta coisa a disser
Mas apenas sei entender
Que tu és a minha paixão
Aquela que chegou fundo ao coração
Sem ti já não sei existir
Por ti não vou desistir
Contigo vou até ao firmamento
Quem sabe ao casamento...

Pedro Gomes

Gato que brinca na rua




Olhei o gato a brincar
Simplesmente estava a viver
E fiquei ali a observar
Aquele simples prazer

Tão genuína diversão 
Que me deixou a reflexão
No mínimo momento
No ínfimo sentimento
Tem que ser sentido
Aprender a ser vivido

Um simples instante
Que nos deixa a sorrir
Aquele momento confortante
O simples sentir

Na mais pequena acção
Ouvir o nosso coração
Um instante de felicidade
Que ficará para eternidade

Como aquele gato
Sentir o imediato
Aproveitar o momento
E guardar o sentimento
Para mais tarde recordar
Para amanha de novo brincar

Pedro Gomes



Portugal XXI



Um novo milénio começou
Com um pais que congelou
Lutaram pela liberdade
Agora presos na austeridade
Estranha esta sociedade
Arranca a esperança a mocidade

O murmúrios esquecidos
No "FMI" entorpecidos
A ditadura orçamental
Que nos arranca o material
Que seca toda a esperança
Numa Europa em mudança

O povo que se arrasta
Que da politica se afasta
Reunidos na passividade
Em que mergulhou a sociedade

Ateando a bandeira europeia
Vivemos nesta estranha apeneia 
Aos poucos vende-se portugal
Para aquele plano orçamental

A saúde, a educação
Tudo é mera ração
Porque temos que pagar
Enquanto nos estão a matar

Onde está portugal?
A lusitana identidade?
A nossa criatividade?
É hora de vermos o real

Pedro Gomes

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Geração XXI




Século XXI, a nossa geração
As redes sociais
Que apagam o coração
Que nos tornam banais

Ofuscados no mundo virtual
Não vemos o real
A geração digital
Que se torna anti-social

A velocidade de um “gigabite”
Cada um cria o seu “site”
Aquele que se "liga" ao vizinho
Cada vez fica mais sozinho

Este global de tantos milhões
Um mundo escasso de emoções
Verdadeiro palco de ilusões
Formatámos as sensações
Num "upload" de informação
Que nos actualiza a razão

O status, a aparência
Esta estranha demência
A amizade que se esquece
Nesta geração que desfalece

Ofuscados com tanta informação
Somo engolidos nesta corrupção
A uma velocidade estonteante
Num "download" constante

Para onde nos leva isto?
Vivemos num pais submisso
Numa manifestação virtual
Enclausurados na era digital
Programados na individualização
Aguardando pela próxima geração

Pedro Gomes

A farsa



O atlântico imenso
De azul intenso
Que um dia escondeu a américa
 Esconde a guerra genérica

O império moderno
Que quer ser eterno
Ilude-se na liberdade
Esconde a verdadeira realidade

O inimigo mortal
O terrorismo é o mal
Aniquilam inocentes
Esquecem os precedentes
A guerra vai ganhar
Mais vidas aniquilar

Sangue e suor
Nas televisões sem pudor
A justiça tem que ser feita
Destruir a ceita…

Tanta verdade escondida na mentira
Um soldado num inocente atira
Não há um vencedor
Apenas mais dor
Ainda mais rancor
A liberdade é esquecida 
Nasce um novo ditador

O confundem o islão
Esquecem o cidadão
Apenas vingança, justiça
Numa verdade postiça

E assim do outro lado
O nosso grande aliado
A europa rendida
Numa liberdade perdida
Manipula a sua guerra
E iludem a terra

Pedro Gomes

Esquecido



Um retrato abstracto
Pintado uma qualquer tela
Fechado numa cela
Longe de qualquer contacto

Uma solidão no peito
Um coração desfeito
Uma pintura esquecida
Nessa tela perdida

Um cenário caótico
Um aplauso apoteótico
Simples e meras ilusões
Que um dia foram visões

Nesta cela de emoções
Pintei uma tela de confusões
Neste isolamento
Procurei um sentimento

Nada, apenas nada
Um deserto de nada
Mera alma penada
Perdida na solidão
Esquecido coração
Uma tela descolorida
Uma obra perdida....

Pedro Gomes






Perfeição na imprefeição



Imaginei ser o prefeito
Mas foi ai que vi o defeito
A nossa contradição
Simplesmente a nossa condição

Somo um todo imperfeito
Apenas um ser em construção
Dentro de nos pulsa um coração
De material orgânico e feito

Corpo tão frágil
Uma alma vulnerável
De pensamento ágil
Mas tão permeável….

Um herói banal
Numa mascara de carnaval
Ninguém é superior
Todos um ser inferior

Nascemos desprotegidos
Vivemos como foragidos
Correndo em busca da perfeição
Morremos quando para o coração….

Afinal o que é ser superior?
A perfeição, uma ilusão?
Ou um medo interior?
Escondido na nossa razão?

Não sei a resposta, sou imperfeito
De carne e osso sou feito
Apenas escrevo a rimar
Sem nenhuma resposta achar

Pedro Gomes

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Apenas prazer



O prazer carnal
Tão mero, banal
Como um desfile de carnaval
Ninguém leva a mal….

Mostra a verdade
Quando a mascara cair
Tudo vai ruir
Simplesmente a realidade….

A ti próprio ser fiel
Chega de ser infiel
Tudo tem um limite
Não és uma mera Afrodite

O compromisso
Algo tão omisso….
Esquecido numa palavra vã
Sofrido numa mente sã

Apenas prazer por prazer…
Sem mais nada para oferecer
Onde está o amor?
O verdadeiro sentimento?
Perguntas enterradas na dor
Esquecidas no momento

Pedro Gomes

Incognitas



Se eu soubesse o futuro...
O quanto e duro...
Se eu soubesse o caminho
Consultava um adivinho

Olho as estrelas
Só vejo luzes belas
Procuro um sinal
Mas não e o tal...

O mundo é confuso
O caminho difuso
O destino é vão
No meio da escuridão

Não há respostas concretas
Não há escolhas certas
Todas as frases obsoletas
Em mil e uma facetas

Se eu soubesse
Se eu quisesse
Se eu... apenas eu
Um simples ateu
Um descrente do nada
Uma alma inacabada

Quem tem as respostas?
Quem é o nosso guardador?
Direcções opostas
Questões de um mero voador
Um ser a viajar
Sem lugar onde ficar

Pedro Gomes

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Apenas o nada



Não digas nada…
Apenas sente, respira
Este ar inspira
Pisa essa estrada

Apenas deixa esquecer
De ver, apenas sentir
Sem ter para onde ir
Apenas estar
Apenas ser

Leva-te nessa suavidade
De em nada estar
E em tudo ser
Apenas ser uma identidade

Sê um minimalista
O próprio altruísta
Sê um pedaço de nada
O teu próprio camarada

Esquece, apenas sente
Apaga a tua mente
Reinicia o pensar
Apenas deixa-te estar

Pedro Gomes

Tranquilidade na alma



A epiderme da alma
Essa superfície alisa
Que me realiza
Vai com calma

Tão simples ao de leve
Deixa que te leve
Deixa tocar na alma
Com tranquilidade, calma

Deixa viajar, deixa fantasiar
Fica bem, com razão ou não
Simples sem complicação
Já cheguei ao coração

Deixa-me te acalmar
Deixa-me te abraçar
Sem stress, sem pressa

Este homem se confessa

Neste reflexo da alma
A vibração na palma
Com tremor na voz
Que fique apenas o "nos"

Não compliques, realiza
Apenas isto memoriza
Apenas te sei amar
Apenas te quero olhar

Pedro Gomes


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Recomeçar




Uma leve brisa no ar
Uma cor a cintilar
Os primeiros raios de sol
Que giram o girassol

Os pássaros voam pelo céu
A noite tira o seu véu
Na relva o orvalho reluz
Perante a radiante luz

O aroma de um novo renascer
Um fogo de novo a acender
Mas um dia que começa
Sem ninguém que o peça

O milagre da natureza
Em toda a sua beleza
Tão grandioso, radioso
Fascinante este espectáculo
Como se tratasse do cenáculo

Esta e a mais bela lição
Que nos enche o coração
Sentir este milagre diário
Que nos faz um visionário

Nunca é tarde para recomeçar
Nunca é tarde para amar
Nunca se é velho para viver
Como este amanhecer

Pedro Gomes

Escuridão




Um dia apagas-te a luz
Eras a pesada cruz
Que um dia amei
E um dia te enxerguei
Vi a verdadeira verdade
A real realidade

Que és apenas escuridão
Que me confunde o coração
Se um dia me iludi
Agora sei que te perdi
E jamais voltarei
Para esse amor que deixei

Nas trevas naveguei
A luz enfim eu achei
Agora vou voltar a ver
Sem nunca mais te ter

O mundo vou percorrer
Um grande amor viver
Poderei voltar a sofrer
Mas vou-te esquecer

As trevas apenas serão
Porque eu rumo ao futuro
Finalmente saltar este muro
E sair da escuridão

Pedro Gomes