Já lá vão mais de 100 postagens...

Neste inicio de ano já passei mais de 100 postagens, o blog teve mais de 7000 visitantes. Motivos para celebrar!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O tempo de nada



O tempo de nada

Tic-tac faz o ponteiro

No seu rápido passar
Num segundo já não ta inteiro
No outro já está a recomeçar



Tão rápido este relogio
Este tempo que não elogio
Não espera, não tem calma
Só não faz desaparecer a alma



Tão louca esta correria
Um ano num dia
Um dia num segundo
Rápido se fica no fundo
Tão depressa no alto



Neste vertiginoso salto
Não há tempo para nada
A alma até poderá ficar parada
Mas o ser fisico é efemero
Neste mundo nada é eterno


Pedro Gomes

Ela...


Ela...

O céu está escuro
O meu coração duro
Os raios estoiram no horizonte
Em mim quebrou-se a ponte



Os dias estão cinzentos
Na minha voz meros lementos
A chuva caí intensamente
Há confusão na minha mente



O tempo está incerto
E eu dela tou perto
O frio faz-se sentir
Eu dela não quero desistir



Nestes dias torbulentos
Confundo-me nos sentimentos
Mas é ela que me faz sonhar
É o seu sorriso que me faz acreditar


Pedro Gomes

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A incerteza



A incerteza


Nesta incerteza certa
O coração nunca acerta
Neste estado de contrariedade
Esquece-mos a verdade



Atiramo-nos nas ilusões
Acreditando em meras suposições
Porque o amor tudo transforma
O bem fica mal e o mal bem



Quando se ama alguém
Ficamos uma outra forma
Agarra-mos o coração
Como se fosse uma bênção
Mas com o tempo e realidade
Muitas vezes é a nossa maldade


É assim o sentimento de amar
Um estado sempre a sonhar
Num estranho engodo
Que nos deixa no lodo

Pedro Gomes

Noticías



Noticías

Mais uma guerra se declara

Nesta violência que não para

Um corrupio de insanidade

Que destrói a humanidade



Uma cruel verdade

Que está destruir a sociedade

Esta ganância que tudo quer

Temos que a eles obedecer



Nesta democracia hipócrita

E a nossa liberdade que grita

Para os inocentes terem voz

Neste mundo tão veloz

Temos que calar o silêncio

Neste mundo tão auspicio



Nesta guerra perde-se a liberdade

Nesta violência perde-se a identidade

A nossa essência fica perdida

A bondade fica esquecida


Pedro Gomes

Neste instante


Neste instante

Tão perto de mim

Mas não te sinto

O meu instinto

Percentiu este triste fim…



Uma historia linda

Em breves palavras finda

O amor acabou

Nada mais restou





Um breve adeus

Nenhum remorso

Os meus ficaram teus

A dor carrego no dorso



Um sonho que desaba

Um sentimento que acaba

Agora já nada resta

Eu finjo a festa

Mas a realidade dói

E amar o coração corrói



Pedro Gomes

Aqui...



Aqui...

Longe do mundo


Tão perto de mim

Eu aqui no fundo

Tão perto do fim



No ponto mais alto

Sinto-me tão ínfimo

Imagino um salto

Para o meu íntimo





Pairo no meu sonhar

Na ânsia d’os restos agarrar

Nesse breve instante

Sinto a felicidade distante





Nesta minha sobre visão

Procuro sentir o meu coração

É aqui que me reencontro

E neste ponto me desencontro



Um turbilhão de emoções

Um desejo de sensações

Uma vida para viver

Num ser a sofrer

Pedro Gomes














quarta-feira, 14 de abril de 2010

Caí chuva



Caí chuva


 
Caí chuva que queima

Nesta dor que teima

Que tudo inunda

E a mim afunda



Nesta tormenta tempestade

Agarro-me a insanidade

Tento-me de isto salvar

Mas sinto-me a naufragar



Esta chuva constante

Este tormento neste instante

Quanta chuva caí

Quanta dor se vai



Vejo toda esta chuva a cair

Não sou eu que estou a pedir

Mas ela cai sempre sem parar

E eu com ela começo a chorar

Pedro Gomes

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ficção ou realidade?



Ficção ou realidade?


Ficção ou realidade

Confundo-me nesta verdade

Por vezes não quero acreditar

Mas só me estou a enganar



Nestes dias crueis

Já poucos são os fieis

Nestes tempos de contrariedade

Há tanta maldade



Penso que é uma longa metragem

Talvés por isso fico a margem

Longe de tudo, perto de mim

Num sonho sem fim…



Não há a minima consideração

Todos se esquecem da compaixão

Parece que algo congelou o coração

E já não há mais paixão…



Quando vejo tudo a nú

Vejo este mundo crú

Sem lentes cor-de-rosa

Na mais real prosa

Pedro Gomes



A única



A única

O rio segue o ritmo

O sol surge no horizonte

Sinto-te no meu intimo

Ouço a tua voz no monte



Num passaro a chilrear

Penso-te em amar

Numa flor tão bela

Sinto que és aquela…



Numa infima esperança

Espero por tempos de bonança

Olhando toda esta natureza

Vejo a tua verdadeira beleza



Deito-me no na relava molhada

E sonho com a minha amada

Cheiro a flor de jasmim

Sei que és assim…



Olho o sol que me ofusca

Com o coração que te busca

Peço-lhe que me traga

Com a sua luz que me afaga

Imagino-te ao meu lado



Neste meu constante fado

Apenas quero disser

Que só contigo posso viver

És a outra parte do meu coração

Só posso existir com a tua benção

Pedro Gomes

A carapaça



A carapaça


As vezes sinto-me a elouquecer

Neste mundo a morrer

Por vezes fico perdido

De mim mesmo fico esquecido



Como uma folha ao rude vento

Naufrago no meu lamento

Tropeço na minha imensa dor

E caíu estupidamente no amor



Tantas vezes quis acreditar

Mas só a mim estava a enganar

Quantos amor eu não tive

Quantos lugares eu não estive

Quantas mentiras ouço

Mas viver aqui já não posso



Ás vezes sou um mentigo

Em tons de rico fingido

Quanto tiro esta carapaça

Sinto como o mundo me esmurraça

Sem esta armadura sinto o perigo

No final sou sempre vencido

Sonhar em acreditar



Sonhando em acreditar



Penso em poder acreditar

Ai vejo que estou a sonhar

Entre os ouvidos ausentes

Perco-me entre as gentes



Caíu de cabeça nesta realidade

Sinto-me cruelmente enganado

Só querem a sua verdade

Eu sou para um canto encostado



Eu tudo ouço, tudo entendo

Mas aí só me estou vendendo

Como um muro de lamentações

Sou uma pedra entre corações

Aqui desaguam as frias águas

Aqui ficam guardadas as minha magoas

Pedro Gomes



terça-feira, 6 de abril de 2010

Tu e só tu



Tu e só tu

Nesta noite fria

É a tua voz que me guia

Fecho os olhos para te ver

No silencio ouço o teu ser



Nos meus sonhos apareces

Sei que não me esqueces…

Imagino o que és realmente

Ainda pairas na minha mente…



Porque não te vou deixar

Sei que para sempre vou-te amar

Alguem como tu não se esquece

É a tua chama que ainda me aquece



És tu que me dá o alento para viver

Porque sem ti só me resta desaparecer

Nestas magoas de um grande amor

Só tu me podes curar esta dor

Não há tempo



Não há tempo

Não há tempo, tudo muda

Nestes dias correntes

A voz fica muda

Poucos são os sorridentes



Nas ruas cinzentas

Sei o que tu lamentas

Que este mundo louco

Não pode parar um pouco

Fica o lamento a pairar

Na ansia de algo apanhar



Caís no chão duro

Vés como és tão imaturo…

Neste mundo ao contrario

Não há tempo para te ouvir

Há que cumprir o horario!



Continuas a caminhar

Num lado a sonhar

Na esperança de algo sentir

Uma jornada penosa

Nessa rua tão venenosa…



A roleta da vida



A roleta da vida

Nesta roleta da vida

A sorte está esquecida

O azar parece constante

E o paraiso distante



Num fechar de olhos

Tudo se vai perder

Má sorte aos molhos!

Nesta contrariedade

Da pura realidade



Voando até a imaginação

Procuro consolo para o coração

Mas até aqui a cruel fatalidade

Impede esta minha verdade



Caíu bruscamente no chão

A voz oculta da razão

Mostra-se implacavél

Numa sorte maleavél

Que me escorrega

O sonho é que a carrega



Vou nesta roleta jogando

E de vez enquando voando

Num jogo que nunca venço

Mas a ele pertenço



Amar...



Amar...

Amar demais pode matar

Mas pior ainda é não amar



Eu apenas sou uma sombra

Daquilo que custumava ser

Agora sinto-me a desaparecer

Para cada lado que eu vou

Vejo que estou a errar

Não sei onde tudo isto começou

Mas este ciclo não consigo quebrar



Ninguém me disse que era facíl viver

Também ninguém me ensinou a sofrer

Porque tanto amor pode ser fatal

Mas pior é ver o nosso coração a morrer


Oh! Porque não há um manual

Algo que nos guie na direcção certa

E nos livre deste cerco que aperta

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A sociedade



A Sociedade

Caminho entre as gentes

Não entendo estas mentes

Atropelam-se para tudo ganhar

Mas estam-se a enganar



Nesta sociedade civilizada

A cidade parece uma cruzada

Lutam para ao topo chegarem

Ao invés por um segundo pararem



Podem até muito dinheiro amealhar

Um dia se a morte sorrateira chegar

Irão ver que os euros de nada servem

Nesta luta só eles se perdem



Esquecem-se que da sua essencia

Perdidos numa louca demencia

Levados por esta louca corrente

Que consigo leva tudo a frente



A sociedade para aqui evoluíu

O ser humano para aqui caíu

O que nos restará?

Se nem a nossa alma sobreviverá.

Na floresta



Na floresta

Um riacho canta

Numa cor que encanta

Uma rocha cintilante

Num cenário gigante



Percorro os vales e montes

Vejo a água a correr das fontes

Sinto um aroma tão intenso

Que sei que a ele pertenço



Ao ver uma flor nascer

Toca no fundo do meu ser

Vejo como é bela a natureza

E como é a sua pureza



Aqui no meio da vida

Encontro a minha alma perdida

Sei que dela faço parte

E sou uma peça da sua arte



Aqui eu realmento me compreendo

Ao ver tudo isto me entendo

No meio deste imenso verde

Vejo que nada se perde

Tudo é nada e nada é tudo