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Neste inicio de ano já passei mais de 100 postagens, o blog teve mais de 7000 visitantes. Motivos para celebrar!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Na floresta



Cheiro a terra molhada
Na primeira chuvada
A terra salta de vida
Depois de ardida

O verão eloquente
De tempo tão quente
Aquela mata verdejante
Num mar flamejante
Agora recebe a dádiva
Há muito que estava avida

Em breve de novo o verde
Na natureza nada se perde
Ao seu ritmo se rescontroi
A seu tempo nada doi

O cheiro a pinheiro
Que vai com a chuva
Vale mais que dinheiro
Clareia esta vida turva

Sinto a vida neste lugar
Em cada árvore a pulsar
Em cada rebento a nascer
Sinto a esperança a crescer

Porque no meio do nada
Vê-se a natureza imaculada
Longe do do duro betão
Ouve-se o seu nobre coração

Esta bênção que caí
Que apaga o cinzento
Nas suas águas vai
E em breve o novo alento






Chuva que caí



La fora a chuva caí
Cá dentro tudo saí
Em lágrimas de tristeza
Em gotas de incerteza

Aquela chuva dissolvente
Que bate na janela dormente
Que molha o chão 
Que toca o coração

Lágrimas de desalento
Num tempo lento
O cinzento outono
Que deixou ao abandono


De rompante o intenso vento
Vem forte e barulhento
Veio destabilizar
Aquilo que está a desambar


A janela quebrada
Numa divisão isolada
Tudo num quadro rasgado
Que era um coração pintado