Cheiro a terra molhada
Na primeira chuvada
A terra salta de vida
Depois de ardida
O verão eloquente
De tempo tão quente
Aquela mata verdejante
Num mar flamejante
Agora recebe a dádiva
Há muito que estava avida
Em breve de novo o verde
Na natureza nada se perde
Ao seu ritmo se rescontroi
A seu tempo nada doi
O cheiro a pinheiro
Que vai com a chuva
Vale mais que dinheiro
Clareia esta vida turva
Sinto a vida neste lugar
Em cada árvore a pulsar
Em cada rebento a nascer
Sinto a esperança a crescer
Porque no meio do nada
Vê-se a natureza imaculada
Longe do do duro betão
Ouve-se o seu nobre coração
Esta bênção que caí
Que apaga o cinzento
Nas suas águas vai
E em breve o novo alento
Sem comentários:
Enviar um comentário