A despedida
Vendo a morte a chegar
Docemente a ver partir
Como uma brisa a soprar
Os olhos não voltaram a abrir
Do cimo da sua insignificância
Vê-se ali na sua ultima instância
Partir para uma morada desconhecida
Parte a sua alma esquecida
Tão metódica, tão mordaz
A morte assim o faz
Um simples corpo mundano
Torna-se um cadáver profano
Dali da sua cama
Anseia por aquele que o ama
Amigo, mulher, apenas alguém
Neste mundo de ninguém
Sente a alma a partir
Não tem como resistir
No último instante a revisão...
A vida que um dia foi imensidão
Resume-se agora a solidão...
Perdido numa ala hospitalar
Ali está sem ninguém para o amar
Nenhuma lágrima cairá
Simplesmente partirá
Apenas envelheceu
E o mundo o esqueceu
Aguarda por este momento
O derradeiro alento
Suplica pelo último batimento
(Dedicado a todos que são esquecidos)
Pedro Gomes
(Noticias do mundo)
Sem comentários:
Enviar um comentário