Imagino o mais sublime
Num estado de contrariedade
Entre a pura filosofia
Numa realidade se imprime
Esqueço a minha verdade
Num mundo que desconfia
Tento apanhar esta corrente
Finjo estar tão contente
Mas quando paro e penso
Não é ali que eu pertenço
Vagueio numa irrealidade
Numa mascara apago a identidade
Para ser como os outros, comum…
Mas não me encontro em lugar algum
Tropeço nos meus passos
Caiu nos meus fracassos
Simplesmente não me encontro
E ando neste fatídico desencontro!
Corro atrás desta insanidade
Busco alguma verdade
Esbarro contra a profunda ilusão
Aquela que cega o meu coração
Deixo de ser o purista
Para me tornar ilusionista
Transformo o que há em nada
E o nada em coisa alguma
Vivo como uma alma penada
Sem vida nenhuma
Desamparado entre a realidade
Mergulho nesta insanidade
Entre versos descompensados
E sentimentos apagados
Perdido nestes mundos
Em sentimentos imundos
Em sensações tão negras
Num inferno sem regras
Porque a loucura não é mentira
Porque este espírito ninguém me tira
Apenas e só uma mente demente
Um ser que viver além dor
Que finge ser indolor
Pedro Gomes (intimista)
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